O Equador amanheceu relativamente calmo nesta sexta-feira (1º), após a crise provocada na véspera por uma sublevação de policiais que manteve o presidente Rafael Correa isolado em um hospital durante mais de dez horas, em incidentes classificados pelo líder equatoriano como uma tentativa de golpe de Estado.
Pouco a pouco, a atividade volta à normalidade no palácio de Carondelet, sede do Executivo, onde há forte presença militar. Na capital, Quito, era percebida pouca presença policial no início desta sexta-feira.
O chefe de polícia do Equador, Freddy Martinez, demitiu-se oficialmente na manhã desta sexta-feira, depois de não ter conseguido conter a rebelião.Em entrevista, Martinez afirmou que havia "elementos infiltrados" entre os manifestantes.
A luz do dia expôs os danos no hospital de onde Correa foi resgatado pelos militares: portas quebradas, cadeiras destruídas, buracos de bala em janelas, paredes e espaços de trabalho, e manchas de sangue por todos os lados.
O cheiro de gás lacrimogêneo ainda permanece no hospital, onde os enfrentamentos entre os militares e os policiais rebeldes deixaram um morto, segundo a presidência, e dois, segundo dados da Cruz Vermelha. Além das vítimas fatais, Correa divulgou haver 5 feridos entre as forças que o resgataram.
Marcas de tiros em alojamento de delegacia palco de confrontos entre policiais e militares nesta quinta-feira (30) em Quito, no Equador. (Foto: Reuters)
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