quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O Valor da Antropologia para Missões


“Eu creio que o missionário precisa pelo menos de duas coisas: uma é estudar as Escrituras, estudando teologia, teologia bíblica e teologia sistemática. A outra é estudar as pessoas e saber como se comunicar com as pessoas. A antropologia é importante para ajudar-nos a entender as pessoas. Muitos missionários não conhecem o povo, a cultura; a antropologia é essencial para que sejamos bons missionários. Mas a antropologia também pode nos ajudar a estudar as Escrituras porque ela nos ajuda a entender as pessoas envolvidas nas Escrituras”. (www.missaoavante.com.br)


1 – A Antropologia oferece ferramentas teóricas para o trabalho pratico missionário

A Antropologia Missionária traz instrumentos dos conhecimentos, conceitos, teorias e hipóteses da moderna antropologia para a prática missionária, ela pesquisa o estudo da humanidade na música, literatura, filosofia, economia, história, geografia religião, comunicação, letras e nas relações inter-pessoais. Por fim, analisa estas matérias e se pergunta como elas se desenvolveram se modificaram e qual o seu significado para a comunicação do evangelho para o povo-alvo.

Paul Hiebert, missionário, professor de antropologia, autor de vários livros sobre antropologia missionária e considerado o principal antropólogo cristão da atualidade, ao ser indagado sobre a importância da antropologia para a obra missionária, responde:

2 – A antropologia visa apresentar os aspectos-chave da cultura ao missionário

Antes de um missionário (principalmente o pioneiro) ir para uma cultura diferente da sua é importante que ele estude, conheça e interaja com essa cultura. Pois fazendo isso ele poderá se prevenir de atos que poderiam ofender profundamente mesmo sem querer e que poderia ter sido facilmente evitado. Nesta preparação inicial ele vai conhecer melhor os sentimentos do povo sobre as diversas composições de seu meio.

O ministério do Apóstolo Paulo ilustra isso ao reconhecer Epimênides (profeta cretense não-cristão) como um verdadeiro profeta para embasar um julgamento dele sobre o povo. Estudos revelam que Aristóteles, Platão e Cícero também o consideravam profeta. Isso indica que Paulo conhecia bem a cultura dos cretenses. Conhecer costumes e tradições é crucial da estratégia missionária.

3 – O estudo antropológico visa preparar o missionário para a adaptação cultural

A antropologia missionária tem contribuído com as missões na medida que tem mostrado aos missionários a maneira como devem se comportar dentro do contexto próprio do povo. Como já foi dito, a geografia, a história, a estrutura econômica, suas artes existem de maneira a preservar a existência da comunidade. Portanto é um crime contra a cultura o missionário chegar com os valores de onde veio e querer imprimir sobre o povo ao qual foi enviado. Antes pelo contrário, ele deve se adaptar ao seu modo cultural desde que não conflituem com o evangelho.

É importante que ele reconheça a diferença da cultura, e a partir desse reconhecimento, ele se comporte semelhantemente à maneira cultural corrente. É como se um missionário fizesse duas malas para a viagem: uma para usar e outra para não usar. Na primeira é importante que ele coloque o básico para viver dignamente os seus primeiros dias ali (até atribuir a forma própria do povo). Na segunda ele deveria colocar todos os seus pré-julgamentos culturais e a cultura que aprendeu para não utilizar. Se ele não fizer essas duas malas, a sua missão poderá encontrar grande dificuldade.

Portanto a antropologia tem como interesse poder amenizar o impacto dos possíveis choques culturais vivenciado pelas famílias missionárias.

4 – O missionário não deve aceitar os fatores culturais que são contrários ao Evangelho

O missionário no exercício do seu ministério ao expor o evangelho de Cristo inevitavelmente encontrar-se-á em um conflito, tendo em vista as doutrinas demoníacas do povo. Nesse momento, ele precisará batalhar fielmente pelo evangelho de Cristo, e não poderá aceitar nenhum tipo de sincretismo. A sã doutrina deve ser defendida com todo o entendimento e todas as forças que o missionário tiver. Como bem disse Judas, uma das colunas da Igreja Primitiva de Jerusalém: “exorto-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Na pregação do evangelho de Cristo não poderá haver nem um acréscimo e nem um suprimento.

Sobre este aspecto da cultural na evangelização, O pacto de Lousanne afirmou o seguinte:

“O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas à cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Uma vez que o ser humano é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e bondade. Pelo fato de o ser humano ter caído, toda a sua cultura (usos e costumes) está manchada pelo pecado e parte dela é de inspiração demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade uma cultura sobre outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, qualquer que seja a cultura em questão. As organizações missionárias muitas vezes tem exportado, juntamente com o evangelho, a cultura de seu pais de origem, e tem acontecido de igrejas ficarem submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo, devem, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros. As igrejas devem se empenhar em enriquecer e transformar a cultura local, tudo para a gloria de Deus” (Mc 7.8,,13; Gn 4.21,22; 1 Co 9.19-23;Fp 2.5-7;2 Co 4.5) (REIFLER, Hans Ulrich. Antropologia missionária para o século XXI. Londrina: Descoberta Editora LTDA, 2003, pag 55)

5 – A Antropologia Missionária pretende preparar o missionário para contextualizar a mensagem

Numa entrevista a um blogger, Paul Hiebert, um dos maiores antropólogo missionário, respondeu sobre as vantagens e o perigo da contextualização da mensagem:“O perigo da contextualização é quando colocamos a mensagem na língua local e na cultura do povo, porque a língua e a cultura do povo podem destruir, mudar a mensagem, ou afastá-la da verdade. Se não tivermos cuidado, o Evangelho pode ser convertido à cultura. Mas há um perigo em não contextualizar; não teremos testemunha, nem mensagem, nem evangelismo. Em ambas as partes há perigo, mas o perigo de não contextualizar é maior do que o perigo de contextualizar. Nós precisamos contextualizar criticamente, pensando e sabendo o que estamos fazendo, não só adotar tudo ou rejeitar tudo, mas fazer isso com critério”. ( http://www.missaoavante.org.br/)

6– A Antropologia Missionária pretende auxiliar o missionário na busca pelos elos eternos de Deus nas culturas para uma pregação eficaz (Fator Melquisedeque)

O missionário e missiólogo Don Richardson, nos seus livros “Senhores da Terra”, “Totem da Paz” e principalmente no “Fator Melquisedeque”, explicou muito bem sobre o que ele mesmo define como “Fator Melquisedeque”. Nestes, ele descreve experiências vividas pessoalmente e por outros missionários em campos de missões narrando também aspectos culturais dos povos com os quais houve contato.

Segundo Richardson, todo povo possui em sua cultura um elo de contato preparado por Deus para receber a mensagem do Evangelho. Portanto quando a testemunha de Cristo alcança uma determinada cultura, através desse elo o contato com a Mensagem cristã pode ser feito.

No livro “Fator Melquisedeque”, Richardson dá exemplo de vários povos com seus elos de contato. Os Cananeus com seu E1 Elyon, os Incas com seu Viracocha, os Santal com seu Thakur Jiu, os Gedeos da Etiópia com seu Magano, os Mbaka da República Centro-Africano com seu Koro, os Chineses com o Senhor do Céu - Shang Ti e os Coreanos com seu Hananim. Em todos os exemplos há noções de um Deus Criador e Sustentados do Univer­so que há muito tempo tinha sido adorado e obedecido, mas que com o passar dos anos foi deixado de lado.

É justamente no exemplo dos Cananeus e o contato de Abraão com o rei Melquisedeque que temos uma evidência de que Deus age através de uma revelação geral entre os povos. Abraão reconhece o sacerdócio de Melquisedeque e lhe oferece o dizimo. Da mesma forma, diz Richardson, temos nos demais exemplos citados, claras provas de revelação geral como testemunho vivo de Deus nas mais diversas culturas.

Sobre a contribuição da Antropologia Missionária para missões, e o comportamento inicial do missionário no campo, Hans Ulrich Reifler diz que:

“A tarefa da antropologia missionária é permitir que o processo de conscientização e respeito mútuo entre os povos e cultura cresça na vida missionário como entre crentes no mundo inteiro. É importante respeitar os costumes , tradições e hábitos diferentes para evitar erros irreparáveis. Para o diálogo efetivo do evangelho é necessário aceitar, em principio, a estranheza da nova cultura e não questionar nem criticar logo coisas que ainda não compreendemos. O antropólogo R.A. Le Vine argumenta que, quando o individuo se locomove para um novo lugar onde reinam costumes estranhos ou novos, ele precisa adaptar-se ou será estigmatizado pela sociedade local”. (REIFLER, Hans Ulrich. Antropologia missionária para o século XXI. Londrina: Descoberta Editora LTDA, 2003 166 pag.)

Fonte: Perspectivas e Meditações

sábado, 24 de setembro de 2011

Convivendo com o culto sexual Devadasi


Por Sarah Harris
Mala e Belavva (foto) são melhores amigas e membros de um antigo culto hindu de prostituição. Elas têm os nomes uma da outra tatuados na parte interna do braço, ao lado das iniciais de seus clientes favoritos. As meninas são conhecidas como devadasis, ou “serventes de Deus”.
Nos encontramos em uma vila em Karnataka, no Sul da Índia, e sentamos no chão de uma cabana de terra e fizemos chapatis juntas. O que eu fiz ficou com um gosto estranho. Era minha primeira semana filmando um documentário da VBS sobre esta prática religiosa secreta, na qual garotas pré-pubescentes “se casam” com uma deusa Hindu e são vendidas como escravas sexuais.
“Não há mais religião agora, só sexo”, diz Belavva, 19, que tinha oito anos quando sua mãe a vendeu para um fazendeiro local por 200 rúpias (8 reais). “Às vezes fico com raiva da minha família e digo ‘Como vocês puderam fazer isso comigo sabendo das consequências? Como puderam fazer de mim uma prostituta ao invés de me casar?’ Minha família diz ‘Se tivéssemos casado você, teríamos morrido de fome’.”
Como devadasis e sem casta (ou intocáveis), Mala e Belavva são banidas da sociedade. “As pessoas nos olham com nojo porque vendemos nossos corpos, mas, para falar a verdade, somos deusas para as famílias que dependem de nós. Se pararmos de fazer este trabalho, quem vai nos alimentar?”, pergunta Belavva. Ela contraiu HIV recentemente, mas tem medo de falar para seus clientes usarem camisinhas, pois eles podem deixar de vê-la. Ela me diz: “Nós, devadasis, somos bonitas por fora. A feiura está escondida do lado de dentro. As pessoas só virão até nós se formos bonitas”.
A prática foi tornada ilegal em 1988, mas famílias de castas baixas ainda são encorajadas por cafetões e traficantes sexuais para venderem suas filhas pela bagatela de 20 reais. Nesta região da Índia, 1.000 garotas ainda são vendidas todo ano.
Durante as três semanas posteriores, viajamos pelos vilarejos do Norte de Karnakata, onde vivem 25.000 devadasis, para descobrir como esta tradição hindu clandestina e ilícita continua a florescer na Índia em pleno século XXI. Quanto mais descobríamos, mais horrorizada ficávamos.
Você poderá conferir as nossas descobertas em breve num filme na VBS.
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Fonte: Vice Magazine. Veja mais fotos aqui

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Oremos pelo Timor…


“… E as ilhas aguardarão a Sua doutrina” (Is. 42: 4).

Timor Leste é o país mais novo do mundo. Com uma história de conflitos e brutalidades, mas sobretudo, de conquista, essa nação é uma ilha situada no sudeste asiático, ao norte da Austrália, repleta de montanhas, com um pôr-do-sol que é um dos mais lindos do mundo, o que faz com que, locamente, essa nação seja conhecida como TIMOR Lorosae.

Por mais de duas décadas, o Timor esteve sob domínio da Indonésia, conseguindo sua independência política apenas em 2002. Hoje, é um país em reconstrução que, a cada dia mais, tem conquistado sua autonomia. Nesse contexto, percebemos atualmente que há uma grande oportunidade para influenciarmos o crescimento desse país, fundamentando todas as iniciativas em bases sólidas na realidade da Palavra e do Reino de Deus.

A prática da oração intercessória é um meio pelo qual podemos alcançar a transformação de circunstâncias, pessoas e também de comunidades inteiras. Com a nossa oração, podemos quebrar as fortalezas de engano e levar todo o nosso pensamento cativo e em obediência ao Senhor Cristo Jesus.
Assim, os 30 dias de oração por Timor Leste é uma proposta de passarmos dias vendo a poderosa mão de Deus se movendo sobre a realidade da nação leste timorense, transformando-a conforme a realidade de Seu Reino
inabalável.

Motivos de oração
  • Dia 01 - Contra todo engano que aprisiona a mente da Sociedade leste-timorense.
  • Dia 02 - Pelo atual presidente e por todo o corpo de liderança do Timor.
  • Dia 03 – Pela estruturação e crescimento do sistema educacional do País.
  • Dia 04 - Pelo fortalecimento da economia nacional.
  • Dia 05 – Pelo estabelecimento de um sistema amplo de comunicação no País.
  • Dia 06 – Pelo surgimento de um sistema de saúde estruturado e abrangente.
  • Dia 07 – Por crescimento da distribuição de energia elétrica e água potável no País.
  • Dia 08 – Por formas de transporte público novas, eficazes, eficientes e acessíveis à população.
  • Dia 09 – Pela expansão das artes, entretenimento, esportes e lazer na Nação.
  • Dia 10 – Para que os valores da Família sejam restaurados na Sociedade do Timor.
  • Dia 11 – Contra a violência, em todas as sua formas e expressões.
  • Dia 12 – Por quebrantamento e restauração de cada membro da Sociedade.
  • Dia 13 – Pelas crianças timorenses – proteção contra qualquer manifestação de violência.
  • Dia 14 – Pelas crianças timorenses - pelo acesso à Educação e assistência em Saúde.
  • Dia 15 – Por um Governo justo, que sirva o povo timorense com honestidade.
  • Dia 16 – Pela juventude do País: para que haja encorajamento a fim de que surjam novos líderes.
  • Dia 17 – Contra a prática da mentira na Sociedade.
  • Dia 18 – Pela revelação de Cristo como único mediador entre Deus e o homem.
  • Dia 19 – Pelos líderes cristãos do País.
  • Dia 20 – Para que a Igreja tenha um compromisso firme com o Evangelho de Cristo Jesus.
  • Dia 21 – Pela restauração dos valores do Reino de Deus na Igreja Leste Timorense.
  • Dia 22 – Pelos missionários residentes no País.
  • Dia 23 – Para que a revelação de Cristo chegue aos não-alcançados leste timorenses.
  • Dia 24 – Para que a Igreja Leste Timorense seja mais influente na Sociedade.
  • Dia 25 – Pelo envio de missionários comprometidos com o crescimento integral do País.
  • Dia 26 – Por envio de leste timorenses como missionários para outras nações.
  • Dia 27 – Por novas iniciativas de desenvolvimento no país.
  • Dia 28 – Pelo reconhecimento de que Jesus é o Rei das nações e é a Luz para o Timor Leste.
  • Dia 29 – Pelo crescimento do País firmado em bases sólidas na realidade do Reino de Deus.
  • Dia 30 – Louvor e gratidão a Deus pela Sua bondade.

Para mais informações sobre o Timor Leste, por favor, escreva para: anabel.lima@jocum.org.br

sábado, 10 de setembro de 2011

Conhecer a Deus e faze-lo Conhecido

Uma missão... Um chamado...
Um sonho... Uma visão...
Uma onda de jovens invadindo os continentes...
Comprometidos com a missão...
Levando o reino de Deus ao mundo...
Dispostos a transformar o mundo...
Ansiosos em conhecer à Deus...
Comprometidos em fazê-lo conhecido...
Dispostos a pagar o preço...
Por aquele que os amou primeiro...
Por amor ao evangelho... Até os confins da terra...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Destaques sobre o Ramadã (3)


1)      Síria: Repressão a protestos mata mais três na Síria, diz oposição; Três manifestantes morreram e outros quatro ficaram feridos, enquanto milhares de pessoas se reuniam para expressar sua oposição ao regime de Bashar al Assad, ao sair das mesquitas nesta sexta-feira, a última do jejum muçulmano do Ramadã, informaram fontes opositoras da Síria. http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/08/repressao-protestos-mata-mais-tres-na-siria-diz-oposicao.html
2)      Paquistão: Explosão em hotel deixa ao menos 11 mortos no Paquistão; Ao menos 11 pessoas morreram e 14 ficaram feridas nesta quinta-feira na explosão por controle remoto de uma bicicleta em frente a um hotel no noroeste do Paquistão, anunciou a polícia local. A bomba explodiu quando dezenas de pessoas estavam reunidas para romper o jejum do Ramadã –tradicional período sagrado islâmico de um mês realizado nesta época do ano. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/965251-explosao-em-hotel-deixa-ao-menos-11-mortos-no-paquistao.shtml
3)      Egito: Manifestantes egípcios pedem fim das relações de seu país com Israel; Mais de 100 manifestantes se concentraram neste domingo na embaixada de Israel no Cairo para pedir a ruptura de relações entre os dois países após a morte de soldados egípcios na quinta-feira passada, em um incidente na região de fronteira bilateral. Ao grito de “judeus, o exército do profeta Maomé voltará” e “o povo quer que Israel se vá”, os manifestantes egípcios exigiram a Israel que suspenda as operações militares na fronteira egípcia e reivindicaram o fim dos ataques à faixa de Gaza. Durante toda a manhã, os manifestantes se congregaram em frente à representação diplomática e desafiaram a fome e a sede próprias do mês de jejum do Ramadã para fazer valer suas opiniões. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/963051-manifestantes-egipcios-pedem-fim-das-relacoes-de-seu-pais-com-israel.shtml