segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"Um com eles", Tema de 2012

Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. (1 Coríntios 12.26)
Divulgue esta ideia e seja a voz dos cristãos perseguidos!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Projeto Jutuba

A MILO (Missões Locais) da Assembléia Templo Central, apresenta um novo desfio, talvez o maior de todos os desafios até hoje, o “Projeto Jutuba”.

Jutuba é uma Ilha que pertence a Belém, mas exatamente ao distrito de Outeiro, fica a 1 hora de Barco saindo da orla de Icoaraci, é uma comunidade que tem apenas 30 famílias e cerca de 100 habitantes. A única igreja que existe hoje lá é a Igreja Católica.

Até um tempo atrás também tinha a assembléia de Deus que devido a algumas circunstâncias fechou suas portas, e hoje tem lá apenas o templo que já esta com a madeira apodrecida, e os nossos irmãos que tentaram permanecer se congregando tinham que atravessar uma ponte que está nas mesmas circunstâncias da igreja, hora se anda na ponte, hora se anda na lama, não tem como se congregar.

No dia 29 de outubro fomos até a ilha com os alunos da Escola de Missões Nação Belém, a guerra espiritual foi muito grande, ao ponto de pessoas ficarem doente na véspera de ir e de pessoas terem visões de demônios no local, mas como o exercito de Deus sempre vence, mas uma vez o senhor nos deu a vitoria e muitos se reconciliaram. Agora o grande desafio é consolidar um Trabalho naquela Ilha.

No dia 18 que é domingo agora, estaremos voltando lá com uma programação de natal, na verdade será o “ponta pé inicial” para o trabalho que vamos fazer lá, que será de reativarmos a igreja Assembléia de Deus de Jutuba. Vamos levar brinquedos, cestas básicas e uma ceia de natal para as 30 famílias de Jutuba, ainda precisamos de cestas básicas, pois não conseguimos todas, mas isso é apenas para mostra o amor que Deus tem por eles, a partir desse dia, nos estaremos indo até lá todos os domingos realizando a Escola Bíblica Dominical com os que se reconciliaram, e um culto evangelístico pela tarde.

Sei que o desafio de reabrir uma igreja é muito grande, principalmente em uma Ilha, mas é o amor pelo Senhor que nos impulsiona a isso, que quiser entrar nesse desafio conosco entre em contato comigo e vamos juntos nessa pelo Rei e pelo Reino.
Miss. Rodrygo Gonçalves

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pedido de oração pelo casal de missionários em Moçambique. Márcio e Luciene Peixera

  • Pela provisão de recursos financeiros para o pagamento do Curso Básico de Teologia de 15 obreiros em Moçambique (12 X R$ 45,00 cada aluno);
  • Pela irmã Catarina, que aceitou a Jesus lá em Moçambique, o marido é mulçumano, lhe espancava sempre e agora a expulsou de casa, com vários filhos, sem direito a nada. (Uma missionária deu trabalho doméstico na sua casa para ajudá-la). Essa irmã (Catarina) clama por nossas orações;
  • Por uma irmã chamada Leonete, que também foi abandonada pelo marido muçulmano, por aceitar a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida;
  • Pela adolescente Márcia (15 anos), que é professora da EBD infantil e por seu irmão Miguel que aceitaram a Jesus. A adolescente encorajada por seu irmão Miguel, se recusou a participar do rito de iniciação (uma cerimônia de prática de feitiçaria comum em Moçambique, incluindo conselhos, animismo e ocultismo, que ocorre quando as meninas chegam a puberdade). O irmão (Miguel) decidiu tirar a adolescente da família e mandar para outra cidade, pois eles foram escurraçados pela família e terão que assumir sua responsabilidade por aceitarem a Jesus e dizerem não ao ritual às práticas de feitiçaria. Eles pedem nossas orações e apoio financeiro. O nome dela é Márcia e o nome do irmão dela é Miguel;
  • Pela saúde dos missionários Márcio e Luciene Peixeira e seus filhos;
  • Pela salvação de almas em Moçambique;
  • Pela manutenção o carro dos missionários Márcio e Luciene Peixeira(R$ 400,00) e por combustível mensal (R$ 350,00);
  • Pela provisão de recursos para realização de desafios pessoais dos missionários Márcio e Luciene Peixeira (um ar condicionado, uma televisão, uma conjunto de sala e uma mesa com cadeiras).

Caso além das orações você se sentiu tocado pelo Espírito Santo de Deus e deseja ofertar financeiramente para a obra missionária em Moçambique - África. Você pode procurar o casal líder de Missões Mundiais (Ranilson e Lana Canuto) pelos telefones 9144-1845/9143-1245. Ou, se você preferir, você pode entrar em contato diretamente com os missionários Márcio e Luciene Peixeira (em Moçambique - África) pelos telefones abaixo ou fazer um depósito em suas contas correntes (informadas abaixo).

Mas pedimos que caso você decida ajudar financeiramente, pedimos para que você entre em contato conosco (Casal Ranilson e Lana – telefones: 9144-1845 ou 9143-1245) para que nós possamos ter controle da ajuda dada aos mesmo por membros de nossa Igreja e correr atrás para providenciar no que faltar. 

Telefones dos Missionários Márcio e Luciene Peixeira (Pastor em Nampula – Moçambique) – 00(XX)258.84.057.0352 ou 00(XX)258.82.632.2474

Contas Correntes dos Missionários Márcio e Luciene Peixeira:
Banco do Brasil: Ag. 1815-5 C/C 8551-0 (Luciene s. Peixeira) ou
Bradesco: Ag. 1505-9 C/C 44582-7 (Márcio C. Peixeira)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Jovem cristão é assassinado e decapitado por extremistas

Os militantes do Al Shabaab prometeram livrar a Somália do cristianismo e mataram Guled Jama Muktar, em 25 de setembro em sua casa, a cerca de 20 quilômetros de Mogadíscio. O grupo acompanhava cada passo da família desde que eles se mudaram do Quênia para a Somália, em 2008. Os militantes islâmicos estão lutando contra o governo de transição, para que possam ter o controle do país, e por isso atacam os cristãos e suas famílias, como nesse caso da família do jovem Guled.

Com base em conversas com os pais do jovem e seus vizinhos, uma fonte disse que os membros do Al Shabaab chegaram à casa de Guled às 6 da manhã, quando seus pais, que não foram identificados por segurança, estavam trabalhando em seu comércio.

Os extremistas encontraram Guled quando ele se preparava para ir para a escola. “Os vizinhos ouviram gritos vindos da casa, que pararam rapidamente”, disse a fonte. “Depois de um tempo, viram um carro branco deixando o local.”

Os vizinhos avisaram aos pais, que imediatamente voltaram para sua casa. Eles enterraram o corpo do filho rapidamente, temendo que os militantes pudessem matá-los. E, depois, fugiram para um destino desconhecido.

“Quando o incidente aconteceu, os pais dele me ligaram para dizer que seu filho havia sido morto e que eles temiam por suas vidas”, disse a fonte. “Desde então, não tenho mais notícias deles.”

fonte: portas abertas / Compass Direct
TraduçãoLucas Gregório

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Uma outra Revolução


Não sei quanto aqui sabem, mas o retrato de Che Guevara, feito por Alberto Korda é uma das imagens mais reproduzidas da história da fotografia. Sim, é aquela imagem que simboliza um herói sério e determinado, que é vista sempre que o assunto é revolução. Ela estampa camisetas, bandeiras, braços (em tatuagens) e muros em muitas cidades.

Conhecemos essa imagem, do revolucionário argentino em Cuba, mas será que temos o entendimento de seus princípios, valores e conseguimos aplicar para mais de 50 anos depois do contexto de onde foram usados?

Bom, a resposta é longa, mas a intenção aqui é fazer um pequeno paralelo, com a revolução feita por outra pessoa: Jesus Cristo. Para nós, obviamente, Cristo é não só é a representação do próprio Deus, mas como é afirmado em Hebreus, “é a expressão exata do seu Ser”. Mas a ideia de entender, reproduzir e aplicar seus conceitos em nosso tempo é a mesma que muitos tentam fazer com os pensamentos revolucionários de Che. Nesse caso, o instrumento dessa revolução que chamamos de cristianismo é o amor.

Além da realidade cheia de contradições e um povo muito parecido com o brasileiro, em Cuba encontramos parte da família jocumeira, missionários dedicados na luta pela revolução de Cristo na vida das pessoas em meio a uma sociedade às avessas do resto do mundo.

Alejandro (de preto) e Elizabeth (de cinza), Com o genro Mauricio que estuda Design Gráfico na Universidade de Havana(mãos dadas com Elita, a filha mais velha) eles formam metade da equipe. No dia da foto não foi possível reunir todos os obreiros.

A história toda começou em 1994 quando o casal Alejandro e Elizabeth tiveram a oportunidade de ler “Pode falar Senhor, estou ouvindo”. Encantados com a história eles oraram para conhecer alguém da organização missionária que conheceram no livro, já que não é tão simples para que um cubano possa sair do país. Uma semana depois, ao melhor estilo jocumeiro, um casal colombiano (atuais líderes da Jocum Colômbia) aparece para sondar a terra e preparar o envio de uma equipe de curto prazo. Desde então são 14 anos recebendo equipes e percorrendo toda ilha evangelizando, animando igrejas e falando do desafio de Deus aos jovens.

Apesar das dificuldades em outubro de 2008 eles oficialmente se tornaram uma base e estão realizando sua terceira ETED (11 alunos), que lá dura 1 ano por conta das dificuldades de tempo, logística e financeira. Além disso até 2009 realizaram 9 mini-escolas e 2 focalizadas em adolescentes. Muitos destes que foram treinados, hoje, são líderes, pastores e missionários em suas igrejas.

A equipe é formada por 8 pessoas, todos cubanos e mesmo sem uma estrutura física, além das escolas, eles têm criaram um fanzine com mensagens numa linguagem moderna e têm usado nas universidades, além do trabalho com igrejas. Para o futuro, os planos envolvem ETEDs com alunos de outras países, mini-escolas incluindo uma de artes e outra de impacto evangelístico para algumas regiões específicas do país.

Sala de aula improvisada na casa de uma das obreiras. A ETED tem 11 alunos e funciona assim: a cada mês eles se reúnem por uma semana. Os práticos são modulares também e a escola dura 1 ano.

Cuba oferece um cenário grande de oportunidades e a Jocum lá está aberta para receber ajuda. Se você acredita que pode ajudá-los, mais do que isso acredita nessa revolução que Cristo pode fazer, não em uma pessoa, mas em uma nação. Não deixe de entrar em contato com Alejandro e Elizabeth pelo email elialeyjesus@gmail.com.

Fonte: JOCUM

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

China esconde três milhões de bebês por ano


Pesquisador descobre que anualmente, mais de três milhões de bebês chineses são escondidos pelos seus pais a cada ano, a fim de contornar a política do filho único.

Por Malcolm Moore em Xiamen

“Eu sou o maior opositor da política do filho único na China!”, ri Fu Yang, um homem magro e animado de 47 anos de idade, a medida que ele mexe e serve o chá. “Eu tive sete filhas, em apenas dez anos.”

Sr. Fu e sua esposa um pouco mais reservada estão entre os milhões de pais chineses que correm o risco de ameaças, multas e até prisão, por desacatar a política do filho único. O casal, que agora vive uma vida próspera numa pequena aldeia nos arredores da cidade ao sul de Xiamen, teve de fugir no passado de três outras províncias e esconder seus filhos com os amigos.

“Houve alguns momentos difíceis”, reconhece o Sr. Fu. “Nós fomos perseguidos e tivemos de viver como mendigos. Mas eu nunca pensei em fazer o contrário. Estou ciente de que muitas pessoas não querem suas filhas, mas temos um respeito decente pela vida. Na China, pensamos que, quando você tem um filho é como se você separasse uma parte de seu próprio corpo. Nós nunca consideramos outras opções “, disse ele.

Desde 1978, o governo da China limitou a cada casal uma criança, numa tentativa de conter o crescimento da maior população do mundo. Para fiscalizar a lei, comitês de bairro mantém um olhar atento para qualquer gravidez, e os oficiais de planejamento familiar têm o poder de obrigar as mulheres a fazerem abortos e esterilizações, bem como acompanhar a sua contracepção.

A política não se aplica a todos. No campo, os pais podem tentar uma segunda criança se a primeira for menina. Os casais que são ambos filhos solteiros são também autorizados a ter dois filhos. Um número crescente de chineses ricos também pagam taxas a fim de terem um segundo filho.

Mas para os pais que não cumprem a lei, as penalidades podem ser severas. Trabalhadores de empresas estatais, podem perder seus empregos. Outros encaram multas altíssimas, a possível demolição de suas casas, ou mesmo uma prisão.

“Quando eles descobriram que eu tinha sete filhas, tentaram derrubar a nossa casa, mas felizmente tenho boas ligações: meu tio é o chefe da aldeia”, diz Fu.

“Eles também queriam me multar em 600 mil yuans (R$ 160.000). Mas eu me recusei a pagar-lhes. Por fim, derrubaram apenas uma pequena parte de minha antiga casa e eu lhes paguei 2.000 yuans”, acrescentou.

Sr. Fu diz que conhece várias outras pessoas em seu vilarejo que também têm mais de um filho, e que ele tem incentivado sua filha mais velha, que acaba de lhe dar um neto, para continuar a gerar. “Eu disse a ela: não importa o custo, ela deve ter mais filhos”, diz ele.

Em milhões de outros casos, as famílias também estão preparadas para assumir o risco e infringir a lei, de acordo com pesquisa realizada por Liang Zhongtang, um demógrafo e ex-membro do comitê de peritos da Comissão Nacional de Planejamento Familiar e Populacional da China.

Examinando os dados do censo da China, o Sr. Liang se deparou com discrepâncias que provam a prática.

“Em 1990, o censo nacional apontou 23 milhões de nascimentos registrados. Mas pelo censo 2000, havia 26 milhões de crianças de dez anos, um aumento de três milhões “, disse ele. “Normalmente, você esperaria que houvesse menos crianças de dez anos de idade do que recém-nascidos, por causa da mortalidade infantil”, ele acrescenta.

Seus resultados sugerem que a lei do filho não produziu o efeito desejado, gerando ainda outros problemas. De acordo com dados da própria China, o desejo tradicional entre as famílias chinesas de ter um menino, juntamente com o regime de um filho, deve produzir um excesso de 30 milhões de homens em 2020, com muitos pais supostamente fazendo uso da ultra-sonografia para saber o sexo do seu bebê.

Os idealizadores da lei foram alertados que esses milhões de homens frustrados por serem incapazes de encontrar esposas, poderiam causar estragos na sociedade chinesa, levando a um acentuado aumento da prostituição e da violência.

Entretanto, o Sr. Liang diz que o desequilíbrio não é “definitivamente tão grave como as estatísticas indicam”. Ao invés de abortar fetos do sexo feminino, a pesquisa do Sr. Liang sugere que as famílias mantém as meninas, não declarando-as.

“O que acontece é que as meninas não planejadas geralmente não são registradas junto às autoridades quando elas nascem. As famílias esperam até que tenham seis ou sete anos e, em seguida, os governos locais tendem a não se preocupar tanto “, acrescenta.

“Assim que cada uma de nossas filhas terminou a amamentação, as enviamos para morar com um amigo ou parente”, diz Fu. “Elas foram para a escola, mas sem os documentos apropriados”, acrescenta. “Na época, as autoridades de planejamento familiar eram muito rigorosas e elas estavam prendendo as pessoas que passassem do limite”, diz ele.

“Mas, em Guangdong, eu tinha um amigo que era um bandido. Fomos juntos para o hospital e forçamos um médico a emitir um certificado dizendo que minha esposa tinha sido esterilizada. Dessa forma, quando as autoridades nos abordassem, poderíamos mostrar-lhes nossos documentos. Eles tinham de ser reais mesmo, pois os oficiais muitas vezes cruzavam as informações para terem certeza. ”

Entretanto a difícil condição de nascimento parece não ter afetado as perspectivas de futuro das crianças do Sr. Fu. Três das suas cinco filhas mais velhas são membros do partido comunista, enquanto as outras duas permanecem na escola. Uma de suas filhas está fazendo pós-graduação em Direito em Pequim, enquanto a outra está a ponto de assumir o lugar dele, como chefe dos negócios da família.

Tradução : Gean Pierre Freitas
Edição : Adriano Estevam

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Aja em favor do Pastor Yousef Nadarkhani condenado à morte no Irã

No último dia 29/09, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) expôs no plenário do Senado Federal o caso do pastor iraniano Yousef Nadarkhani, que corre risco de execução por ter se convertido ao cristianismo. Neste mesmo dia, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), se comprometeu a pedir que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), enviasse uma carta à Embaixada do Irã em apoio ao pastor.

Por esse motivo, a Portas Abertas convoca todos a encaminhar a carta proposta (faça o download do modelo aqui) ao presidente do Senado solicitando que ele envie em caráter de urgência este apoio oficial do Senado Brasileiro à vida do pastor Yousef ao governo do Irã. Conheça o caso do pastor Yousef.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ela foi de Belém para as Nações.



Claudia Pires é uma paraense já há alguns anos servindo na Alemanha. É uma destas pessoas muito diligentes em tudo o que faz. Fez sua ETED no Brasil, integrando a primeira Equipe enviada de Fortaleza,CE para a China, em 2004. Depois de outras andanças, conheceu a Berlim pós-unificação e de lá conta pra nós um pouco do seu trabalho e desafios nesta grande metrópole.

JOCUM - Como você envolveu-se em Missões, há quanto tempo está na Alemanha, e por que Berlim?

Claudia - Eu comecei a me envolver com missões através de King’s Kids. Aos 17 anos fui pra uma campanha de verão e Deus falou comigo claramente sobre dar minha vida por amor a Ele e a outras pessoas, e eu topei. Desde então, eu sabia que seria uma missionária, mas não tinha muita ideia de quando seria isso ou como. O envolvimento com King’s Kids durou alguns anos, e com o relacionamento acabei me envolvendo também com outros ministérios de JOCUM na base de Belém, minha cidade. Um desses ministérios era o de Intercessão, e quando eles organizaram uma viagem de intercessão pra Europa (Itália), em 2001, me convidaram, foi a primeira vez que percebi a necessidade espiritual da Europa. Alguns anos depois fiz minha Eted em Fortaleza e fui à China para o tempo prático. Naquela época eu pensava que tinha chamado pra China, mas Deus me falou nessa viagem que eu não deveria focar em uma só nação. Então eu sosseguei e voltei pra casa. Após alguns anos resolvi fazer uma escola de cosmovisão cristã na Romênia, e meu foco se voltou de novo pro continente. Após a escola, senti que Deus estava me direcionando pra ficar na Europa e trabalhar com o impacto evangelístico que a JOCUM estava organizando pra Copa do Mundo de 2006 e talvez ficar algum tempo a mais por lá, servindo na escola de cosmovisão cristã que uma das bases alemãs oferecia. Eu havia estudado alemão na universidade, porque pensava em fazer um mestrado no país. Quando cheguei aqui vi a necessidade do país: as feridas causadas pela história, a necessidade de uma nova identidade nacional, a busca da juventude por sentido. Também vi o chamado da Alemanha para determinar novos rumos na história: desempenhando um papel decisivo na derrubada do Império Romano, mantendo certo senso de unidade na Europa Medieval, sendo berço da Reforma Protestante, participando do movimento de missõs modernas e influenciando o avivamento através dos Morávios, causando a Primeira e a Segunda Guerra Mundiais. Em suma, quando a Alemanha faz alguma coisa, é pra causar um impacto profundo em escala global, e isso é um dom de Deus pra ser usado pra glória d’Ele. E eu creio que Deus me trouxe aqui pra de alguma maneira influenciar esse lugar de influência. Por que Berlim? Berlim é uma das cidades mais fascinantes do mundo devido à sua história e por ter sido literalmente dividida pelas ideologias em conflito durante a Guerra Fria. A máxima de que “ideias tem consequências” é comprovada aqui dia após dia pela arquitetura, pela mentalidade e comportamento das pessoas, pelos serviços públicos, pela atitude (ou falta de atitude) perante a vida, pela confissão religiosa (51% dos habitantes da cidade se dizem ateus). Além disso, Berlim é a capital de um dos países mais ricos e influentes do mundo, onde as decisões afetam muitas nações. Após tantos anos de divisão e destruição, Berlim precisa ser restaurada e transformada, e só a verdade libertadora do Evangelho pode fazer isso. Meu desejo é poder contribuir pra isso.

JOCUM - Qual sua formação e área de trabalho?

Claudia - Eu sou professora de História e historiadora por formação, e isso é bem relevante pra trabalhar na área de cosmovisão cristã bíblica. Além de ensinar nessa área em diferentes escolas da Universidade das Nações na Alemanha e Europa quero poder estudar mais a Bíblia e a sociedade para assim desenvolver estratégias de como o Reino de Deus pode alcançar as diferentes esferas da sociedade. Meu sonho é discipular profissionais cristãos para que eles alcancem seus campos de trabalho e assim transformem sua realidade, sendo sal e luz para as pessoas e esferas em que estão envolvidos. No momento, estamos ainda no processo de pioneirismo da base em Berlim o que significa que eu faço de tudo um pouco…

JOCUM – Como o povo alemão lida com as memórias das guerras do último século?

Claudia - As memórias da guerra são ainda muito presentes. Só vindo aqui se pode perceber a influência e o peso que a história de um povo tem sobre ele. A geração pós-guerra cresceu em sua maioria sem pai, pois a maioria dos homens morreu no conflito. As mulheres tiveram que ser fortes, tanto pra manter e conduzir famílias, quanto pra sobreviver dos traumas de terem sofrido estupros e abusos de todo tipo (só na cidade de Berlin, 7 em cada 10 mulheres foram estupradas na época da rendição). Além disso, a vergonha de ter abrigado o nazismo, o sentimento de terem sido enganados e levados a ruína por Hitler, o medo de repetir os mesmos erros, tiveram um forte impacto sobre o povo. A grande maioria do povo, principalmente os mais jovens, não se orgulha de serem alemães, e tem o desejo de sair do país. Existe uma tolerância enorme com tudo, devido ao medo de repetir as atrocidades do nazismo, e qualquer tipo de crítica a um grupo social é percebida como perigosa. Por exemplo, quando uma Igreja Luterana ofereceu um workshop num congresso de jovens sobre “recuperação de homossexuais” foi criado um problema nacional, onde muitos acusaram os cristãos de intolerância. Além disso, a maioria da população das nações vizinhas não tem muita simpatia pela Alemanha, por causa dos abusos dos tempos passados. Enfim, ainda tem muito dever de casa pra vencer os traumas da guerra…


JOCUM - Depois de 20 anos da queda do Muro, quais as marcas visíveis que os anos da cortina de ferro deixaram no país?

Claudia - A herança da cortina de ferro é visível. O leste alemão ainda tem muita pobreza, e a mentalidade de dependência do Estado. Nessa área, o povo tem uma atitude mais negativa em relação à vida, o valor pelo indivíduo é bem menor, o que se reflete no péssimo atendimento ao cliente na maioria dos estabelecimentos, no tratamento dado aos alunos em escolas públicas, na dinâmica das famílias, que muitas vezes ameaçam os filhos mal-comportados de colocá-los no Kinderheim (tipo de “reformatório”), na maneira como as pessoas tratam umas às outras. O oeste é o clássico país capitalista pós-cristão, com muitas pessoas vivendo pra seu próprio bem-estar e sem alvos maiores do que sua própria prosperidade e confortos pessoais. A palavra de ordem no geral é Tolerância, o que torna difícil confrontar erros, como no exemplo que citei acima. Apesar dessas coisas, a igreja no oeste é grande, e muitas congregações são ativas em evangelismo e tem certa influência na sociedade.

JOCUM - A Igreja Alemã é também conhecida por suas ligações com os movimentos de oração e missões no século XVI. Hoje, qual é a realidade da Igreja Cristã na Alemanha? O que foi feito deste espírito missionário e reformador?

Claudia - A igreja alemã é um mosaico… as maiores são a Igreja Protestante (Luterana) e a Católica. Num país que passou pela Reforma, o Catolicismo adquiriu um perfil muito menos supersticioso do que o que a gente conhece na América Latina, e muitas igrejas católicas tem experimentado um mover novo de Deus, através de movimentos de oração e intercessão. Não é muito divulgado, mas o processo que culminou com a queda do muro de Berlin começou com vigílias de oração na Nikolai Kirche em Leipzig, lideradas por católicos, que resultaram nas marchas de paz em Outubro de 1989. A igreja Luterana é muito diversificada, tendo umas congregações onde o pastor é ateu e a igreja é cheia de gente idosa, bem devagar, e outras comunidades cheias de jovens e atividades missionárias. Também existem muitas igrejas independentes, pentecostais ou carismáticas, que tem crescido nos últimos anos, e se alinhado aos movimentos avivalistas internacionais. Aos poucos os alemães tem se tornado mais conscientes da herança dos Morávios e dos reformadores, e os cristãos tem buscado novamente em Deus esse espírito. A base da JOCUM em Herrnhut, onde viveram Zinzendorf e os Morávios, é uma das maiores bases missionárias da Alemanha e muita gente vai pra lá interessado nessa história. Nos últimos anos a igreja em geral tem buscado reviver essa herança através de mais iniciativas evangelísticas e tem havido um movimento bem consistente de oração pela nação e por avivamento.

JOCUM - Na sua opinião, qual é o maior desafio do movimento missionário na Alemanha de hoje?

Claudia - Desafios… bom, isso é o que mais tem… primeiro, penso que a igreja deve mudar sua perspectiva, muitas igrejas se veem só como um lugar de comunidade, e comunidade é algo necessário aqui, mas a igreja também é mais que isso. Penso que a igreja alemã precisa se entender enquanto missão pra esse país e essa sociedade. No momento em que isso acontecer, e cristãos viverem na perspectiva de “Como viver o Reino de Deus aqui e agora?” esse país muda! E acho que como fruto disso, a gente vai ver um número maior de alemães indo aos confins da Terra como missionários. Em geral, alemães adoram viajar, amam lugares remotos e culturas diferentes e têm uma paixão por ser úteis e servir nesses lugares. Além disso, fora da Europa, alemães tem boa aceitação em muitos países, inclusive todo o Oriente Médio, e através de negócios podem entrar em qualquer lugar. Um outro desafio é o de alcançar a população imigrante que mora aqui. Berlim é a terceira maior cidade turca do mundo, e muitos cristãos se deixam tomar pelos preconceitos e medos que afligem o resto da sociedade, e evitam os imigrantes. Penso que é uma oportunidade única, ter o mundo todo aqui na sua porta, e poder pregar livremente pra eles, e a igreja tem que levar isso a sério.

JOCUM - Quais são as opções práticas de envolvimento para quem deseja servir em Missões na capital alemã?

Claudia - Pra servir em missões aqui de maneira prática, se começa orando… é incrível o peso espiritual com que a gente luta todo dia aqui. Segundo, temos Escola de Treinamento e Discipulado (ETED) planejadas pra Janeiro e Setembro de 2010, qualquer pessoa com inglês ou alemão fluente pode participar. Fora da JOCUM existem muitas iniciativas de implantação de igrejas em Berlim, e todas clamam por missionários e evangelistas. Também nos meses do verão europeu recebemos muitas equipes de todo mundo, interessadas em oportunidades de curto prazo para evangelização e serviço na cidade. Se alguém quiser vir com uma equipe próximo ano, é só entrar em contato com a gente, já tivemos algumas equipes de King’s Kids do Brasil, e foi muito legal!!

JOCUM - Que conselhos você dá a quem inicia agora a jornada missionária?

Claudia - Muita gente pensa que vai um belo dia pegar o avião e ao pisar no campo missionário vai ver as coisas acontecendo magicamente, só porque tem um chamado; mas existe um preço alto pra pagar, em trabalho, oração, preparação e constante transformação no caminhar com Deus. Desenvolva seus dons, estude, aprenda, seja excelente! Procure crescer em seu relacionamento com Deus, tente diferentes ministérios, descubra o que você ama fazer, e faça coisas que não gosta tanto, pra aprender e pra servir os outros. Sirva sem esperar recompensa! Não deixe nada nem ninguém ficar entre você e Deus, faça de seu relacionamento com Ele uma prioridade, ouça-O e obedeça-O!! Aprenda a se relacionar com as pessoas!!! E coloque suas expectativas e frustrações não em pessoas, locais, organizações ou ministérios, mas só em Deus!

Para conhecer mais sobre o trabalho de Claudia e a respeito de oportunidades de ministério em Berlim, visite www.ywamberlin.org ou escreva para claudinhavp@hotmail.com .

Por Adriano Estevam – Revisão : Lidiane Viana

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O Valor da Antropologia para Missões


“Eu creio que o missionário precisa pelo menos de duas coisas: uma é estudar as Escrituras, estudando teologia, teologia bíblica e teologia sistemática. A outra é estudar as pessoas e saber como se comunicar com as pessoas. A antropologia é importante para ajudar-nos a entender as pessoas. Muitos missionários não conhecem o povo, a cultura; a antropologia é essencial para que sejamos bons missionários. Mas a antropologia também pode nos ajudar a estudar as Escrituras porque ela nos ajuda a entender as pessoas envolvidas nas Escrituras”. (www.missaoavante.com.br)


1 – A Antropologia oferece ferramentas teóricas para o trabalho pratico missionário

A Antropologia Missionária traz instrumentos dos conhecimentos, conceitos, teorias e hipóteses da moderna antropologia para a prática missionária, ela pesquisa o estudo da humanidade na música, literatura, filosofia, economia, história, geografia religião, comunicação, letras e nas relações inter-pessoais. Por fim, analisa estas matérias e se pergunta como elas se desenvolveram se modificaram e qual o seu significado para a comunicação do evangelho para o povo-alvo.

Paul Hiebert, missionário, professor de antropologia, autor de vários livros sobre antropologia missionária e considerado o principal antropólogo cristão da atualidade, ao ser indagado sobre a importância da antropologia para a obra missionária, responde:

2 – A antropologia visa apresentar os aspectos-chave da cultura ao missionário

Antes de um missionário (principalmente o pioneiro) ir para uma cultura diferente da sua é importante que ele estude, conheça e interaja com essa cultura. Pois fazendo isso ele poderá se prevenir de atos que poderiam ofender profundamente mesmo sem querer e que poderia ter sido facilmente evitado. Nesta preparação inicial ele vai conhecer melhor os sentimentos do povo sobre as diversas composições de seu meio.

O ministério do Apóstolo Paulo ilustra isso ao reconhecer Epimênides (profeta cretense não-cristão) como um verdadeiro profeta para embasar um julgamento dele sobre o povo. Estudos revelam que Aristóteles, Platão e Cícero também o consideravam profeta. Isso indica que Paulo conhecia bem a cultura dos cretenses. Conhecer costumes e tradições é crucial da estratégia missionária.

3 – O estudo antropológico visa preparar o missionário para a adaptação cultural

A antropologia missionária tem contribuído com as missões na medida que tem mostrado aos missionários a maneira como devem se comportar dentro do contexto próprio do povo. Como já foi dito, a geografia, a história, a estrutura econômica, suas artes existem de maneira a preservar a existência da comunidade. Portanto é um crime contra a cultura o missionário chegar com os valores de onde veio e querer imprimir sobre o povo ao qual foi enviado. Antes pelo contrário, ele deve se adaptar ao seu modo cultural desde que não conflituem com o evangelho.

É importante que ele reconheça a diferença da cultura, e a partir desse reconhecimento, ele se comporte semelhantemente à maneira cultural corrente. É como se um missionário fizesse duas malas para a viagem: uma para usar e outra para não usar. Na primeira é importante que ele coloque o básico para viver dignamente os seus primeiros dias ali (até atribuir a forma própria do povo). Na segunda ele deveria colocar todos os seus pré-julgamentos culturais e a cultura que aprendeu para não utilizar. Se ele não fizer essas duas malas, a sua missão poderá encontrar grande dificuldade.

Portanto a antropologia tem como interesse poder amenizar o impacto dos possíveis choques culturais vivenciado pelas famílias missionárias.

4 – O missionário não deve aceitar os fatores culturais que são contrários ao Evangelho

O missionário no exercício do seu ministério ao expor o evangelho de Cristo inevitavelmente encontrar-se-á em um conflito, tendo em vista as doutrinas demoníacas do povo. Nesse momento, ele precisará batalhar fielmente pelo evangelho de Cristo, e não poderá aceitar nenhum tipo de sincretismo. A sã doutrina deve ser defendida com todo o entendimento e todas as forças que o missionário tiver. Como bem disse Judas, uma das colunas da Igreja Primitiva de Jerusalém: “exorto-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Na pregação do evangelho de Cristo não poderá haver nem um acréscimo e nem um suprimento.

Sobre este aspecto da cultural na evangelização, O pacto de Lousanne afirmou o seguinte:

“O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas à cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Uma vez que o ser humano é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e bondade. Pelo fato de o ser humano ter caído, toda a sua cultura (usos e costumes) está manchada pelo pecado e parte dela é de inspiração demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade uma cultura sobre outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, qualquer que seja a cultura em questão. As organizações missionárias muitas vezes tem exportado, juntamente com o evangelho, a cultura de seu pais de origem, e tem acontecido de igrejas ficarem submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo, devem, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros. As igrejas devem se empenhar em enriquecer e transformar a cultura local, tudo para a gloria de Deus” (Mc 7.8,,13; Gn 4.21,22; 1 Co 9.19-23;Fp 2.5-7;2 Co 4.5) (REIFLER, Hans Ulrich. Antropologia missionária para o século XXI. Londrina: Descoberta Editora LTDA, 2003, pag 55)

5 – A Antropologia Missionária pretende preparar o missionário para contextualizar a mensagem

Numa entrevista a um blogger, Paul Hiebert, um dos maiores antropólogo missionário, respondeu sobre as vantagens e o perigo da contextualização da mensagem:“O perigo da contextualização é quando colocamos a mensagem na língua local e na cultura do povo, porque a língua e a cultura do povo podem destruir, mudar a mensagem, ou afastá-la da verdade. Se não tivermos cuidado, o Evangelho pode ser convertido à cultura. Mas há um perigo em não contextualizar; não teremos testemunha, nem mensagem, nem evangelismo. Em ambas as partes há perigo, mas o perigo de não contextualizar é maior do que o perigo de contextualizar. Nós precisamos contextualizar criticamente, pensando e sabendo o que estamos fazendo, não só adotar tudo ou rejeitar tudo, mas fazer isso com critério”. ( http://www.missaoavante.org.br/)

6– A Antropologia Missionária pretende auxiliar o missionário na busca pelos elos eternos de Deus nas culturas para uma pregação eficaz (Fator Melquisedeque)

O missionário e missiólogo Don Richardson, nos seus livros “Senhores da Terra”, “Totem da Paz” e principalmente no “Fator Melquisedeque”, explicou muito bem sobre o que ele mesmo define como “Fator Melquisedeque”. Nestes, ele descreve experiências vividas pessoalmente e por outros missionários em campos de missões narrando também aspectos culturais dos povos com os quais houve contato.

Segundo Richardson, todo povo possui em sua cultura um elo de contato preparado por Deus para receber a mensagem do Evangelho. Portanto quando a testemunha de Cristo alcança uma determinada cultura, através desse elo o contato com a Mensagem cristã pode ser feito.

No livro “Fator Melquisedeque”, Richardson dá exemplo de vários povos com seus elos de contato. Os Cananeus com seu E1 Elyon, os Incas com seu Viracocha, os Santal com seu Thakur Jiu, os Gedeos da Etiópia com seu Magano, os Mbaka da República Centro-Africano com seu Koro, os Chineses com o Senhor do Céu - Shang Ti e os Coreanos com seu Hananim. Em todos os exemplos há noções de um Deus Criador e Sustentados do Univer­so que há muito tempo tinha sido adorado e obedecido, mas que com o passar dos anos foi deixado de lado.

É justamente no exemplo dos Cananeus e o contato de Abraão com o rei Melquisedeque que temos uma evidência de que Deus age através de uma revelação geral entre os povos. Abraão reconhece o sacerdócio de Melquisedeque e lhe oferece o dizimo. Da mesma forma, diz Richardson, temos nos demais exemplos citados, claras provas de revelação geral como testemunho vivo de Deus nas mais diversas culturas.

Sobre a contribuição da Antropologia Missionária para missões, e o comportamento inicial do missionário no campo, Hans Ulrich Reifler diz que:

“A tarefa da antropologia missionária é permitir que o processo de conscientização e respeito mútuo entre os povos e cultura cresça na vida missionário como entre crentes no mundo inteiro. É importante respeitar os costumes , tradições e hábitos diferentes para evitar erros irreparáveis. Para o diálogo efetivo do evangelho é necessário aceitar, em principio, a estranheza da nova cultura e não questionar nem criticar logo coisas que ainda não compreendemos. O antropólogo R.A. Le Vine argumenta que, quando o individuo se locomove para um novo lugar onde reinam costumes estranhos ou novos, ele precisa adaptar-se ou será estigmatizado pela sociedade local”. (REIFLER, Hans Ulrich. Antropologia missionária para o século XXI. Londrina: Descoberta Editora LTDA, 2003 166 pag.)

Fonte: Perspectivas e Meditações

sábado, 24 de setembro de 2011

Convivendo com o culto sexual Devadasi


Por Sarah Harris
Mala e Belavva (foto) são melhores amigas e membros de um antigo culto hindu de prostituição. Elas têm os nomes uma da outra tatuados na parte interna do braço, ao lado das iniciais de seus clientes favoritos. As meninas são conhecidas como devadasis, ou “serventes de Deus”.
Nos encontramos em uma vila em Karnataka, no Sul da Índia, e sentamos no chão de uma cabana de terra e fizemos chapatis juntas. O que eu fiz ficou com um gosto estranho. Era minha primeira semana filmando um documentário da VBS sobre esta prática religiosa secreta, na qual garotas pré-pubescentes “se casam” com uma deusa Hindu e são vendidas como escravas sexuais.
“Não há mais religião agora, só sexo”, diz Belavva, 19, que tinha oito anos quando sua mãe a vendeu para um fazendeiro local por 200 rúpias (8 reais). “Às vezes fico com raiva da minha família e digo ‘Como vocês puderam fazer isso comigo sabendo das consequências? Como puderam fazer de mim uma prostituta ao invés de me casar?’ Minha família diz ‘Se tivéssemos casado você, teríamos morrido de fome’.”
Como devadasis e sem casta (ou intocáveis), Mala e Belavva são banidas da sociedade. “As pessoas nos olham com nojo porque vendemos nossos corpos, mas, para falar a verdade, somos deusas para as famílias que dependem de nós. Se pararmos de fazer este trabalho, quem vai nos alimentar?”, pergunta Belavva. Ela contraiu HIV recentemente, mas tem medo de falar para seus clientes usarem camisinhas, pois eles podem deixar de vê-la. Ela me diz: “Nós, devadasis, somos bonitas por fora. A feiura está escondida do lado de dentro. As pessoas só virão até nós se formos bonitas”.
A prática foi tornada ilegal em 1988, mas famílias de castas baixas ainda são encorajadas por cafetões e traficantes sexuais para venderem suas filhas pela bagatela de 20 reais. Nesta região da Índia, 1.000 garotas ainda são vendidas todo ano.
Durante as três semanas posteriores, viajamos pelos vilarejos do Norte de Karnakata, onde vivem 25.000 devadasis, para descobrir como esta tradição hindu clandestina e ilícita continua a florescer na Índia em pleno século XXI. Quanto mais descobríamos, mais horrorizada ficávamos.
Você poderá conferir as nossas descobertas em breve num filme na VBS.
***
Fonte: Vice Magazine. Veja mais fotos aqui

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Oremos pelo Timor…


“… E as ilhas aguardarão a Sua doutrina” (Is. 42: 4).

Timor Leste é o país mais novo do mundo. Com uma história de conflitos e brutalidades, mas sobretudo, de conquista, essa nação é uma ilha situada no sudeste asiático, ao norte da Austrália, repleta de montanhas, com um pôr-do-sol que é um dos mais lindos do mundo, o que faz com que, locamente, essa nação seja conhecida como TIMOR Lorosae.

Por mais de duas décadas, o Timor esteve sob domínio da Indonésia, conseguindo sua independência política apenas em 2002. Hoje, é um país em reconstrução que, a cada dia mais, tem conquistado sua autonomia. Nesse contexto, percebemos atualmente que há uma grande oportunidade para influenciarmos o crescimento desse país, fundamentando todas as iniciativas em bases sólidas na realidade da Palavra e do Reino de Deus.

A prática da oração intercessória é um meio pelo qual podemos alcançar a transformação de circunstâncias, pessoas e também de comunidades inteiras. Com a nossa oração, podemos quebrar as fortalezas de engano e levar todo o nosso pensamento cativo e em obediência ao Senhor Cristo Jesus.
Assim, os 30 dias de oração por Timor Leste é uma proposta de passarmos dias vendo a poderosa mão de Deus se movendo sobre a realidade da nação leste timorense, transformando-a conforme a realidade de Seu Reino
inabalável.

Motivos de oração
  • Dia 01 - Contra todo engano que aprisiona a mente da Sociedade leste-timorense.
  • Dia 02 - Pelo atual presidente e por todo o corpo de liderança do Timor.
  • Dia 03 – Pela estruturação e crescimento do sistema educacional do País.
  • Dia 04 - Pelo fortalecimento da economia nacional.
  • Dia 05 – Pelo estabelecimento de um sistema amplo de comunicação no País.
  • Dia 06 – Pelo surgimento de um sistema de saúde estruturado e abrangente.
  • Dia 07 – Por crescimento da distribuição de energia elétrica e água potável no País.
  • Dia 08 – Por formas de transporte público novas, eficazes, eficientes e acessíveis à população.
  • Dia 09 – Pela expansão das artes, entretenimento, esportes e lazer na Nação.
  • Dia 10 – Para que os valores da Família sejam restaurados na Sociedade do Timor.
  • Dia 11 – Contra a violência, em todas as sua formas e expressões.
  • Dia 12 – Por quebrantamento e restauração de cada membro da Sociedade.
  • Dia 13 – Pelas crianças timorenses – proteção contra qualquer manifestação de violência.
  • Dia 14 – Pelas crianças timorenses - pelo acesso à Educação e assistência em Saúde.
  • Dia 15 – Por um Governo justo, que sirva o povo timorense com honestidade.
  • Dia 16 – Pela juventude do País: para que haja encorajamento a fim de que surjam novos líderes.
  • Dia 17 – Contra a prática da mentira na Sociedade.
  • Dia 18 – Pela revelação de Cristo como único mediador entre Deus e o homem.
  • Dia 19 – Pelos líderes cristãos do País.
  • Dia 20 – Para que a Igreja tenha um compromisso firme com o Evangelho de Cristo Jesus.
  • Dia 21 – Pela restauração dos valores do Reino de Deus na Igreja Leste Timorense.
  • Dia 22 – Pelos missionários residentes no País.
  • Dia 23 – Para que a revelação de Cristo chegue aos não-alcançados leste timorenses.
  • Dia 24 – Para que a Igreja Leste Timorense seja mais influente na Sociedade.
  • Dia 25 – Pelo envio de missionários comprometidos com o crescimento integral do País.
  • Dia 26 – Por envio de leste timorenses como missionários para outras nações.
  • Dia 27 – Por novas iniciativas de desenvolvimento no país.
  • Dia 28 – Pelo reconhecimento de que Jesus é o Rei das nações e é a Luz para o Timor Leste.
  • Dia 29 – Pelo crescimento do País firmado em bases sólidas na realidade do Reino de Deus.
  • Dia 30 – Louvor e gratidão a Deus pela Sua bondade.

Para mais informações sobre o Timor Leste, por favor, escreva para: anabel.lima@jocum.org.br

sábado, 10 de setembro de 2011

Conhecer a Deus e faze-lo Conhecido

Uma missão... Um chamado...
Um sonho... Uma visão...
Uma onda de jovens invadindo os continentes...
Comprometidos com a missão...
Levando o reino de Deus ao mundo...
Dispostos a transformar o mundo...
Ansiosos em conhecer à Deus...
Comprometidos em fazê-lo conhecido...
Dispostos a pagar o preço...
Por aquele que os amou primeiro...
Por amor ao evangelho... Até os confins da terra...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Destaques sobre o Ramadã (3)


1)      Síria: Repressão a protestos mata mais três na Síria, diz oposição; Três manifestantes morreram e outros quatro ficaram feridos, enquanto milhares de pessoas se reuniam para expressar sua oposição ao regime de Bashar al Assad, ao sair das mesquitas nesta sexta-feira, a última do jejum muçulmano do Ramadã, informaram fontes opositoras da Síria. http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/08/repressao-protestos-mata-mais-tres-na-siria-diz-oposicao.html
2)      Paquistão: Explosão em hotel deixa ao menos 11 mortos no Paquistão; Ao menos 11 pessoas morreram e 14 ficaram feridas nesta quinta-feira na explosão por controle remoto de uma bicicleta em frente a um hotel no noroeste do Paquistão, anunciou a polícia local. A bomba explodiu quando dezenas de pessoas estavam reunidas para romper o jejum do Ramadã –tradicional período sagrado islâmico de um mês realizado nesta época do ano. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/965251-explosao-em-hotel-deixa-ao-menos-11-mortos-no-paquistao.shtml
3)      Egito: Manifestantes egípcios pedem fim das relações de seu país com Israel; Mais de 100 manifestantes se concentraram neste domingo na embaixada de Israel no Cairo para pedir a ruptura de relações entre os dois países após a morte de soldados egípcios na quinta-feira passada, em um incidente na região de fronteira bilateral. Ao grito de “judeus, o exército do profeta Maomé voltará” e “o povo quer que Israel se vá”, os manifestantes egípcios exigiram a Israel que suspenda as operações militares na fronteira egípcia e reivindicaram o fim dos ataques à faixa de Gaza. Durante toda a manhã, os manifestantes se congregaram em frente à representação diplomática e desafiaram a fome e a sede próprias do mês de jejum do Ramadã para fazer valer suas opiniões. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/963051-manifestantes-egipcios-pedem-fim-das-relacoes-de-seu-pais-com-israel.shtml