quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"Tive medo de ser torturado", diz brasileiro detido no Cairo, Egito

Um guia turístico brasileiro foi detido no Cairo, capital do Egito, sob a acusação de promover atividades religiosas, o que é proibido pelas leis locais. Policiais encontraram bíblias e folhetos evangélicos no carro do brasileiro.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, o homem, que vive no Egito, foi detido com outras duas brasileiras, que já foram liberadas.

A namorada do brasileiro, que vive no Maranhão, disse à imprensa brasileira que ele ia visitar as pirâmides e foi detido por policiais, ficando desaparecido por 5 dias até a divulgação de sua prisão. O motivo alegado foi de terem encontraram bíblias e folhetos evangélicos no carro em que ele viajava.

De acordo com o Itamaraty, a embaixada do Brasil no Egito está tomando providências para que o brasileiro seja liberado embora as autoridades locais demonstram claramente um total desrespeito a qualquer convenção consular internacional. 

Assista ao vídeo
da reportagem.

É com muita alegria e gratidão a Deus que informamos que o guia turístico que estava detido no Cairo, capital do Egito, sob  a acusação de promover atividades religiosas,  foi encontrado vivo.

O conselheiro da embaixada esteve com ele, o qual está detido em uma prisão do governo, e, segundo informações, o local não tem boas condições físicas, mas ele está bem. A embaixada brasileira procederá a deportação.

Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, na região metropolitana de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (27), o guia turístico brasileiro detido no Cairo, capital do Egito, disse que teve medo de ser torturado. Ele foi deportado para o Brasil na quinta-feira (26). Dagnaldo Pinheiro Gomes foi detido depois de ser acusado de promover atividades religiosas.

"Tive medo de sair dali e ir para um lugar de tortura. Estava com prisioneiros que já tinham sido torturados. Eles sempre falavam: você pode ser torturado se a sua embaixada não lhe encontrar rápido", afirmou Dagnaldo. 

Ele disse que comia uma vez por dia, mas negou ter sido vítima de maus tratos. "Tinha direito a um pouco de comida uma vez por dia. Às vezes pedia água e eles não me davam, mas isso eu até entendo porque esse é o mês de jejum deles", declarou referindo-se ao Ramadã.

Dagnaldo afirmou ainda que o material religioso que foi encontrado no seu carro estava em árabe. Porém, ele negou que fazia promoção de sua religião, o que é proibido no Egito. "No meu carro tinha um material cristão. Essa foi a acusação [para me prender]. É um material que qualquer cristão pode ter", disse o guia, que morou por mais de sete anos no país. Ele foi informado por autoridades locais de que ele não pode voltar ao Egito. 

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